Se o seu pedido no Meu INSS está em análise há muitos meses, você não está sozinho. Milhares de brasileiros enfrentam a mesma angústia à espera de uma resposta do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
O atraso pode comprometer o planejamento financeiro de quem depende do benefício e, em alguns casos, é possível acelerar esse processo.
Neste artigo, explicamos o que significa o status “em análise”, por que isso pode acontecer, quanto tempo o INSS tem para responder e quais são os caminhos legais e administrativos para forçar uma resposta.
O que significa “pedido em análise” no Meu INSS?
Quando aparece a mensagem de que seu pedido no Meu INSS está em análise, significa que o sistema identificou que o requerimento foi recebido, mas ainda está em fase de avaliação. Isso inclui:
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Verificação de documentos;
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Análise do tempo de contribuição e carência;
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Conferência de vínculos empregatícios;
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Aplicação de regras específicas de aposentadoria.
Esse status é comum nos primeiros dias após a solicitação, mas quando se prolonga por meses, pode indicar lentidão ou problemas internos.
Quanto tempo o INSS tem para responder?
De acordo com o Decreto 10.410/2020, que regulamenta a Previdência Social, o prazo para o INSS analisar um pedido de aposentadoria é de até 90 dias. Esse período pode ser prorrogado se houver exigência de documentos adicionais por parte do órgão.
No entanto, na prática, muitos segurados enfrentam uma espera superior a 6 meses, ou até mais de 1 ano, o que fere o princípio da razoável duração do processo, garantido pela Constituição Federal.
Veja o que fazer em caso de demora no INSS.
Por que meu pedido no Meu INSS está em análise há tanto tempo?
Há diversos motivos que podem levar ao atraso na resposta:
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Alta demanda de pedidos, sobretudo após reformas da Previdência e mudanças nas regras;
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Falta de servidores e infraestrutura deficiente no INSS;
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Erros no preenchimento do pedido, como documentos ilegíveis ou dados inconsistentes;
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Análise manual de vínculos antigos, especialmente em casos sem registro em carteira ou com contribuições como autônomo;
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Divergências entre o CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais) e os documentos apresentados.
Essas situações exigem uma checagem mais criteriosa, o que pode prolongar o processo.
Como acompanhar o andamento do pedido no Meu INSS?
Você pode acompanhar o status do seu pedido pelo site ou aplicativo Meu INSS. Basta fazer login com seu CPF e senha do gov.br e acessar a opção “Consultar Pedidos”.
Os principais status possíveis são:
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Em análise: está sendo avaliado por um servidor;
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Exigência: falta algum documento ou informação, e você deve complementar;
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Concluído: o INSS tomou uma decisão (deferido ou indeferido);
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Em recurso: o pedido foi negado e você recorreu da decisão.
Se o pedido no Meu INSS está em análise por tempo superior a 90 dias, é possível tomar algumas medidas para pressionar o órgão.
Teve pedido negado pelo INSS? Saiba o que fazer.
O que fazer para acelerar a resposta do INSS?
1. Verifique se há pendências no pedido
Acesse o Meu INSS e confira se há alguma exigência pendente. Caso exista, envie a documentação solicitada o mais rápido possível. A ausência de resposta a uma exigência pode fazer o pedido ser arquivado ou indeferido. Segundo o próprio INSS, esse é o principal motivo de demora nas respostas.
- No caso da aposentadoria por tempo de contribuição, a pendência mais comum é a falta de comprovação de período de recolhimento das contribuições previdenciárias.
- Já nos pedidos de benefício por incapacidade (auxílio-doença), trata-se da falta da data de afastamento do trabalho no requerimento.
- As solicitações de Benefícios de Prestação Continuada da Lei Orgânica da Assistência Social (BPC/Loas) dependem de avaliação social e de perícia médica.
Veja como usar o extrato do FGTS e o CNIS para provar tempo de contribuição antigo ao INSS.
Organize seu CNIS e documentos antes de pedir aposentadoria
Um dos maiores motivos de demora na análise de aposentadorias é a inconsistência no CNIS. Antes de fazer o pedido, confira se:
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Todos os vínculos empregatícios estão registrados;
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As contribuições como autônomo estão corretas;
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O nome da empresa e as datas batem com a carteira de trabalho;
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Há documentação que comprove períodos especiais, rurais ou militares, se for o caso.
Quanto mais completo e correto estiver o pedido, mais rápida tende a ser a análise.
2. Ligue para o 135
O telefone 135 é o canal oficial do INSS para atendimento ao cidadão. Você pode ligar para verificar:
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Se há alguma exigência oculta que não aparece no app;
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Se houve movimentação recente no seu processo;
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Se é possível obter uma estimativa de prazo.
3. Registre uma reclamação na Ouvidoria
Se já se passaram mais de 90 dias, registre uma reclamação formal na Ouvidoria do INSS, pelo site https://www.gov.br/ouvidoria. Relate o tempo de espera e solicite providências. Essa etapa pode acelerar o andamento, pois o setor responsável será cobrado a responder.
Outra opção é denunciar a demora excessiva para o órgão superior, que é o Ministério da Previdência Social. A denúncia pode ser feita online, pelo mesmo sistema de ouvidoria do governo federal.
4. Entre na justiça
Se mesmo após as reclamações o INSS continuar sem dar resposta, é possível ajuizar um mandado de segurança na Justiça Federal. Esse tipo de ação é indicado quando há descumprimento do prazo legal e o segurado está sendo prejudicado.
A Justiça pode obrigar o INSS a analisar o pedido em um prazo definido, sob pena de multa.
Importante: o mandado de segurança não garante a concessão da aposentadoria, apenas obriga o INSS a responder ao pedido.
Quando vale a pena procurar um advogado?
Se você já está há mais de 3 meses com o pedido no Meu INSS em análise, não consegue informações claras e depende do benefício para sobreviver, é recomendável procurar um advogado especializado em direito previdenciário.
O profissional pode:
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Verificar se há falhas no seu pedido;
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Ajudar a reunir provas e documentos complementares;
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Representá-lo em ações judiciais como mandado de segurança ou recurso contra indeferimento.
A espera pela aposentadoria pode ser angustiante, mas a informação correta e a ação no momento certo fazem toda a diferença para garantir o seu direito.
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