A situação elétrica no Brasil não está nada favorável aos consumidores. Cada vez mais é possível perceber um aumento da conta de luz que não condiz com a realidade dos trabalhadores.
A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), anunciou um novo aumento em agosto e a criação de uma nova bandeira chamada de “Bandeira da escassez hídrica”.
Para te ajudar a entender o contexto e como economizar com a energia elétrica, vamos te explicar exatamente o que é essa bandeira e como ficou o aumento da conta de luz.
Como funciona a bandeira de escassez hídrica?
Os sucessivos aumentos nas contas de energia e a falta de água nos reservatórios geraram uma nova bandeira tarifária denominada escassez hídrica, que começou a funcionar em setembro de 2021 com o valor de R$ 14,20 por 100 kWh.
Essa determinação terá vigência até 30 de abril de 2022 e representa um aumento nas contas de luz da população de 49,6%, ou R$ 4,71, em relação à mais temida bandeira vermelha patamar 2, que já representava um valor de R$ 9,49 por 100 kWh em relação à conta comum.
No caso atual, a bandeira de escassez hídrica indica uma situação preocupante, no qual a economia de energia e água são essenciais para não gerarem transtornos maiores como o racionamento nacional.
Vale ressaltar que, segundo o presidente da Aneel, André Pepitone, caso haja uma melhora significativa da situação, a tarifa pode ser reduzida antes do prazo.
O que é e quais são as bandeiras tarifárias?
O Brasil vive a pior crise hídrica em 90 anos e as bandeiras tarifárias servem para remunerar o uso das usinas termoelétricas, que possuem um custo mais alto e tiveram que ser utilizadas de forma mais intensa.
A bandeira tarifária é um sistema criado em 2015 e funciona como um acréscimo na tarifa comum já aplicada para os brasileiros.
- Bandeira verde: quando o cenário é comum ou favorável e não há necessidade de acréscimo na tarifa comum;
- Bandeira amarela: quando o cenário não é tão favorável, é indicada a bandeira amarela, com um pequeno acréscimo na tarifa. Nesse caso, é cobrado R$ 1,874 por 100 kWh consumidos;
- Bandeira vermelha (patamar 1 e 2): a bandeira vermelha é dividida em dois patamares, que indicam a gravidade da situação hídrica e elétrica. Ela representa uma situação mais custosa para os consumidores e é cobrado, para o patamar 1, o valor de R$ 3,971 e para o patamar 2 o valor de R$ 9,492 para cada 100 kWh;
- Bandeira de escassez hídrica: situação grave que antecede o racionamento geral de energia. É cobrado R$ 14,20 por kWh consumidos.
O que é o racionamento
O aumento da conta de luz em 2021 vem atingindo níveis elevados ao longo dos meses. Só nos oito primeiros meses do ano, o preço da energia elétrica já subiu quase três vezes a mais que a inflação.
E, infelizmente, a população é a que sofre mais com a falta de energia nos reservatórios, já que sente diretamente no bolso.
Por isso, o racionamento de energia é uma das primeiras ações para se reduzir a demanda elétrica no país. Nesse caso, para ajudar nesse racionamento, foi incluída a nova bandeira de escassez hídrica, que visa aumentar significativamente o valor das conta do consumidor brasileiro para que o consumo seja menor ao longo dos meses.
O que explica a alta do preço da energia elétrica?
O principal motivo para o aumento do preço da energia elétrica no país é a escassez hídrica que vem afetando os reservatórios das usinas hidrelétricas.
Um exemplo são os reservatórios das regiões Sudeste e Centro-Oeste, que habitualmente correspondem a 70% da geração de energia e estão com sua capacidade de armazenamento em 23%.
Essa porcentagem é ainda menor do que quando se instaurou o racionamento em 2001, ou seja, estamos vivendo a beira de um colapso hídrico.
A previsão é que, em novembro, quando começa o período chuvoso nessas regiões, os reservatórios cheguem a 10% da capacidade e, por isso, a necessidade de se economizar desde já.
Vale ressaltar que a crise hídrica gera outros problemas, como a recuperação da economia e nos números de investimento. É um freio no PIB, já que as pessoas que tinham interesse em investir tendem a retardar um pouco para não sofrer prejuízo.
Minha conta de luz veio muito alta, e agora?
É necessário que a população esteja atenta, a todo momento, quanto ao consumo que exerce de energia elétrica e água. É de total responsabilidade do consumidor que esse princípio de racionamento seja feito com tranquilidade e consciência.
Outra ação importante é analisar no registro da sua residência e cabos se não há nenhum escape de energia e água. Se preferir, peça uma pessoa especializada para ir até a sua casa e verificar se está tudo em ordem.
Mas se você acredita que fez o racionamento da forma correta e sua conta continua vindo muito alta, você pode procurar os seus direitos.
Primeiro, tente contato com a operadora de energia como a Cemig, Light, Copel e Enel e peça para resolverem seu problema. Falando diretamente com a empresa, você evita transtornos e seu problema pode ser resolvido de forma muito mais rápida.
Mas caso a situação não se resolva, você pode entrar em contato com a Aneel:
- Pelo telefone no número 167;
- Pelo chat online disponível no próprio site da Aneel no canto inferior direito da tela;
- Pelo chat humano da Aneel;
- Pelo aplicativo da Aneel consumidor;
- Ouvidoria da Aneel no número 0800 727 0167 ou pelo formulário de atendimento online.
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